o evento contou com a presença da representação Protetores de animais
Presidente da Ong GATA protetores de animais de Esteio e Também
presidente Do CMBEA (Conselho do Bem Estar Animal d e Esteio) Ana Maria
Sanches Cardoso
O projeto prevê multas para o
carroceiro que jogar entulhos em vias públicas ou terrenos baldios, ou
causar maus tratos aos animais de tração
O emplacamento e licenciamento das
carroças em Esteio, conforme determina projeto de lei que está
tramitando na Câmara de Vereadores de Esteio, foram debatidos em
audiência pública na noite de ontem(3), no Centro de Convivência
Território da Paz, no bairro Primavera. A atividade, que foi comandada
pelo presidente da Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação,
Marcelo Kohlrausch(PDT) e contou com a participação do presidente da
Câmara, Jaime da Rosa(PSB), do vice-presidente, Leonardo Dahmer(PT), e
dos vereadores Leonardo Pascoal(PP), Beatriz Lopes(PT), Rafael
Figliero(PTB) e Michele Pereira(PT), além dos secretários de Obras e
Meio Ambiente, José Luiz da Silva e Valmir Martins, respectivamente,
pretendeu de ouvir sugestões e discutir com a comunidade local a
proposta do Executivo que visa atualizar a legislação a matéria - a Lei
Municipal 3884/2005. Para o secretário de Obras, José Luiz da Silva, a
legislação atual precisa ser atualizada em diversos artigos, em
especial, onde dá o encargo da fiscalização das carroças à secretária de
Obras. "Na verdade a fiscalização precisa ser realizada pela secretaria
de Segurança e Trânsito", disse.
A ideia da proposta reduzir a
clandestinidade desta atividade, em especial no controle de condutores e
proprietários, através de multas que serão aplicadas caso sejam
flagrados colocando lixo ou entulhos nas vias públicas ou terrenos
baldios, bem como em casos de maus tratos com os animais de tração -
cavalo. O custo do emplacamento, de acordo com o projeto, está fixado em
3,625 UFRM ( Unidade Fiscal de Referência Municipal). Mas a perspectiva
de gasto com material utilizado e a regularização, será em torno de R$
40,00. Entretanto, conforme o titular da pasta, a prefeitura vai isentar
do pagamento deste valor para quem buscar o serviço em até 60 dias após
a sanção da lei. "O carroceiro que não se adequar a lei terá seu
veículo recolhido das vias públicas e deverá custear sua regularização
após os 60 dias", destaca. A presidente do Conselho do Bem Estar do
Animal, Ana Maria Sanches Cardoso, disse que a legislação a respeito dos
maus tratos com os animais deve ser aplicada e precisa ser revisada.
"Cavalo não foi feito para puxar carroça. Vamos elaborar uma legislação
própria em relação aos maus tratos do cavalo e encaminhar ao Legislativo
como iniciativa popular", disse.
Segundo o presidente da Câmara, Jaime
da Rosa, que ainda não existem políticas públicas para que os
carroceiros possam sobreviver sem o uso do cavalo e das carroças. "Não
tem como deixar o carroceiro, sem sua carroça que é sua sobrevivência,
ainda mais, à margem da sociedade. Existem leis que regram a questão dos
maus tratos dos animais com multa. Precisa é de fiscalização, não só
para cavalos, mas para todos os animais", defendeu. Já vereadora Beatriz
Lopes referiu-se a insuficiência de prazo para a divulgação da lei - 60
dias - para que os carroceiros se beneficiem da isenção. Conforme o
secretário de Obras, são 133 carroças cadastradas no município e o
Executivo deve seguir com a divulgação e avisou que após o prazo, não
poderão circular carroças sem identificação, mesmo que sejam de cidades
vizinhas. "Sem placa, o veículo será apreendido", informou. Os moradores
sugeriram que as carretinhas também sejam emplacadas, pois trabalham na
madrugada e descartam lixo em qualquer local.
Conforme o vereador Leonardo Pascoal, a
iniciativa do projeto é válida e espera que seja colocado em prática.
"Podemos ousar um pouco e substituir, de forma gradativa, as carroças de
tração animal e dos carrinheiros por outros veículos como o caso do
projeto cavalo de lata, que tem a mesma capacidade ou ainda maior. Os
recursos para a aquisição tem força junto ao BNDES", destacou. Para o
vereador, as infrações a maus tratos ainda são muito brandas: R$ 10,00
na primeira vez; R$ 20,00 na segunda e na terceira infração junto ao
animal, a carroça e recolhida. "O problema é que o cavalo ainda fica na
mão de quem o está maltratando", reforçou.
Na
oportunidade, o presidente da Comissão, Marcelo Kohlrausch, solicitou
que a comunidade leve as demandas e sugestões à Câmara até a próxima
terça-feira(9) dia da sessão ordinária, para que os vereadores possam
realizar as emendas necessárias ao projeto. "A Câmara de Vereadores está
aberta à comunidade e estaremos aguardando as sugestões também à tarde
durante as reuniões das comissões", finalizou.
O presidente da
Câmara explicou que a matéria, caso nenhuma proposta de melhoria chegue
ao Legislativo, pode entrar na pauta da próxima terça-feira(9), ou ainda
em regime de urgência a pedido do Executivo.